O III Congresso Latino-Americano de Ecologia Política aconteceu em Salvador, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), entre os dias 18 e 20 de março deste ano, e trouxe como grande temática as insurgências decoloniais e os horizontes emancipatórios construídos a partir das ecologias de resistência.

 

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Pesquisadoras e pesquisador do GESEP/PPGCiAC participando do III Congresso de Ecologia Política, na UFBA.

 

Organizado pelo Grupo de Pesquisas Ambientais Indisciplinares da UFBA, junto com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), e apoio do Grupos de Trabalho em Ecologia Política, do CLASCO e de outras universidades brasileiras, chilenas, além de lideranças de movimentos sociais, como a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), e o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).

O congresso abriu as portas da UFBA para promover discussões urgentes que envolveram o meio acadêmico, movimentos e ativistas sociais, acerca das questões e problemáticas socioambientais enfrentadas no nosso país e intensificadas nos últimos anos. 

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Sônia Guajajara durante sua fala na mesa de debate “Chico Mendes Vive!”, no Instituto de Biologia da UFBA – Ondina.

 

O evento teve forte protagonismo feminino nas principais mesas de diálogos, como a que contou com a participação da liderança indígena Sônia Guajajara; Edel Moraes, liderança das populações tradicionais e vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS); Angela Mendes, coordenadora do Comitê Chico Mendes e filha do Chico Mendes; e Claudelice Silva Santos, liderança de grupos tradicionais, defensora da floresta da justiça ambiental (da direita para a esquerda).

O Grupo de Estudos Socioambientais e Ecologia Política (GESEP) marcou presença no congresso, levando um conjunto de trabalhos desenvolvidos dentro da temática da Ecologia Política, na região Norte-Fluminense. Criado em 2018, o grupo é formado por alunas e alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação, do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NUPEM/UFRJ/Macaé), além de pesquisadoras de outras instituições, e é coordenado pela professora e socióloga Giuliana Franco Leal.

 

Os trabalhos apresentados pelo grupo foram divididos nos seguintes eixos temáticos.

  • Ecologias Políticas do Capitalismo e Paisagens da Desigualdade:

Ações coletivas de consumidores com foco ambiental: qual é seu potencial transformador?

Autora: Giuliana Franco Leal, UFRJ.

  • Ecologias Decoloniais, Epistemologias Ambientais e Cosmovisões:

Capitaloceno, ecologia política do Sul e as narrativas do desenvolvimento de uma modernização colonial

Autor: Matheus Thomaz Da Silva.

  • Ecologias Políticas Insurgentes:

Conservação do Pecado: trajetória e conflitos de praia em Macaé – RJ

Autores: Astrea Gomes Castro, Rafael Nogueira Costa e Rodrigo Lemes Martins, UFRJ.

Transformações socioambientais e a busca pela autonomia, justiça social e ambiental de uma comunidade quilombola no Rio de Janeiro

Autores: Eduarda Rezende Caillava-Gomes; Wagner Nunes Firmino; Rodrigo Lemes Martins, UFRJ.

Movimentos de resistência à indústria do petróleo na perspectiva da ecologia política

Autor: Matheus Thomaz Da Silva, UFF – Campos dos Goytacazes e UFRJ.

O entendimento da sociedade civil sob a ótica gramsciana e suas potencialidades na análise de conselhos gestores de unidades de conservação

Autoras; Renata De Souza e Giuliana Franco Leal, UFRJ.

Caminhos para práticas de consumo responsável: o caso da feira popular agroecológica no município de Barbacena, Minas Gerais, Brasil

Autora: Suelen Couto, UFRJ.

Desenvolvimento sustentável: reforma ou revolução?

Suenya Santos Da Cruz, UFF – Rio das Ostras.

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