CARTAZ WSC

Quinta-feira, 21/12/23, às 14h, no Auditório do NUPEM, acontecerá a Defesa de Mestrado de Willian de Souza Costa

Resumo

As macroalgas são componentes essenciais da biodiversidade marinha, mas enfrentam ameaças significativas em decorrência da superexploração costeira, da urbanização e dos efeitos do aquecimento global. Em sua dissertação, Willian investigou as variações espaço-temporais das macroalgas no mediolitoral de praias no norte do estado do Rio de Janeiro, a partir de métodos não destrutivos e classificação das espécies em grupos morfofuncionais. As respostas ecofisiológicas relacionadas a mudanças na temperatura da água do mar decorrentes do aquecimento global foram avaliadas em duas espécies de macroalgas em experimento controlado. A fluorometria PAM foi empregada para examinar eficiências quânticas máximas (Fv/Fm) e efetiva (ΔF/Fm') e a tolerância térmica do fotossistema II (FSII) a 25°C e 35°C e em aumento rápido de temperatura (tolerância do FSII). Foi identificados 27 táxons de macroalgas dos grupos foliáceo, filamentoso, corticado, coriáceo, calcário articulado e crostoso. Rhodophyta foi o filo mais representativo (44%), seguido por Chlorophyta (30%) e Ochrophyta (26%). Os gêneros Ulva Sargassum e a espécie Hypnea pseudomusciformis destacaram-se em termos de cobertura. Macroalgas dos grupos foliáceos, calcário articulado e coriáceo foram as dominantes nas comunidades. Tanto Ulva lactuca quanto Sargassum cymosum reduziram suas eficiências fotossintéticas em resposta ao aumento de temperatura, sendo U. lactuca a mais afetada. Sargassum cymosum exibiu maior produtividade primária mesmo sob estresse térmico. O FSII permaneceu consistente em ambas espécies e temperaturas, mas S. cymosum mostrou-se menos estável que U. lactuca. A maior estabilidade térmica do FSII está relacionada à faixa de tolerância na qual as espécies estão submetidas. Ulva lactuca possui maior plasticidade fenotípica e ocupa áreas com variações de temperatura mais hostis, enquanto S. cymosum está sujeita a temperaturas constantes e menos extremas. A dissertação revela que cenários extremos de aquecimento global devem afetar negativamente as taxas de crescimento e fotossíntese costeira reverberando para uma escala macroscópica, a nível de estrutura das comunidades macroalgais.

 

Banca Avaliadora

Titulares
Drª. Lísia Mônica de Souza Gestinari - Orientadora
Drª. Cristina Aparecida Gomes Nassar (PEA/UFRJ)
Dr. Carlos Frederico Deluqui Gurgel (PBBE/UFRJ)

Suplentes
Drª. Yocie Yoneshigue Valentin (IB/UFRJ)
Drª. Ana Cristina Petry (PPG-CiAC/UFRJ)

 

UFRJ PPGCIAC - Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação
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