O trabalho intitulado “Etnobotânica e etnoconservação na restinga de Jurubatiba, Quissamã, RJ”, de autoria da Doutoranda Eduarda Caillava recebeu o prêmio de Melhor Trabalho na área temática “Etnobotânica e Atividade Biológica”, no VI Simpósio Flora das Restingas Fluminenses, realizado nos dias 27 e 28 de maio.

O evento bienal, que nessa edição foi em forma remota, é promovido pelo Laboratório de Tecnologia de Produtos Naturais da Universidade Federal Fluminense, em conjunto com o Laboratório de Biodiversidade da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ele se configura como o maior evento nacional de divulgação e reunião de trabalhos desenvolvidos exclusivamente em restingas.

A premiação expressa o reconhecimento da pesquisa que integra a Tese de Doutorado de Eduarda, que é orientada pelos Doutores Rodrigo Lemes Martins e Thaddeus Blanchette. Em uma pesquisa etnográfica, Eduarda analisa um conjunto de relações sócio-ecológicas entre a Comunidade Remanescente de Quilombo Machadinha e seu território, que inclui a restinga de Jurubatiba, em uma perspectiva de valorização dos conhecimentos e práticas quilombolas e da etnoconservação, através do uso e do manejo do ambiente.

Na imagem, a coleta de frutos da árvore de cambuí, Neomitranthes obscura (DC.) N., na restinga do território da Comunidade Remanescente de Quilombo Machadinha.

Eduarda licenciou-se em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade, em 2016, integra o Grupo de Pesquisa em Estudos Socioambientais e Ecologia Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi bolsista CAPES do Programa Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD RLaC/CNPq) entre 2016 e 2020 e encontra-se na etapa final do Doutorado, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação. 

Na imagem, os frutos de cambuí, matéria-prima na produção de cachaça que é produzida e comercializada na Comunidade Remanescente de Quilombo Machadinha.