Apreciar o entardecer ao final do expediente, no gramado, foi possivelmente um dos programas favoritos de Sarah Krause e Jasmin Baier, nas seis semanas que passaram em Macaé. A vinda dessas duas estudantes de Mestrado em Ecologia e Evolução da Universidade Johann Wolfgang Göethe, na cidade alemã de Frankfurt am Main, resultou de uma colaboração estabelecida, no começo do ano, entre o orientador o Dr. Martin Plath e a Professora Ana Cristina Petry, intermediada pela aluna do PPG-CiAC Gisela L. L. Cabral.

O Professor Plath investiga a ecologia de peixes Cyprinodontiformes, cuja ordem compreende espécies de pequeno porte e curto ciclo de vida, popularmente, conhecidas como barrigudinhos e guarus. Entre as linhas de pesquisa do Dr. Plath se destaca a especiação desses peixes em ambientes extremos, tais como rios com elevadas concentrações de enxofre e outros subterrâneos, completamente desprovidos de luz. A capacidade de comunicação química entre peixes nesses sistemas tem sido um tema explorado pelo professor e seus alunos com espécies de Cyprinodontiformes no México, e agora, também com espécies no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba.

Foram as condições de pesquisa e a grande expectativa em estar, pela primeira vez no Brasil, que fizeram com que Sarah e Jasmin optassem por desenvolver o projeto de uma disciplina de seu Mestrado no NUPEM/UFRJ, sob a supervisão da professora Ana (Foto 2ab). Em estudos que envolvem comportamento animal, é fundamental contar com (i) a proximidade entre os laboratórios de pesquisa e os locais habitados pelas espécies de interesse, (ii) instalações equipadas para garantir a sobrevivência e o bem estar dos animais e (iii) conforto e maximização do tempo dedicado à pesquisa. As mestrandas alemãs encontraram todas essas condições no NUPEM/UFRJ, que há mais de 20 anos vem investigando os ambientes e as espécies do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba e que dispõe de um Biotério Aquático com suporte técnico qualificado e um sistema de hospedagem para pesquisadores.

Em 19 de outubro Sarah e Jasmin deixaram o Brasil dizendo: - Até breve.

A partir da experiência que avaliaram como excelente, as estudantes alemãs levaram o relatório do projeto de pesquisa com cerca de 200 peixes experimentalmente avaliados, a lembrança da variedade de frutas tropicais que provaram, as imagens dos locais que visitaram na restinga e suas lagoas, na serra Macaense, nas praias da região dos Lagos e na capital do Estado e, sem dúvida, os laços de amizade que estabeleceram com diversos alunos e servidores do NUPEM/UFRJ.

 

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