Os insetos pertencentes à família Simuliidae são popularmente conhecidos como borrachudos. Essa família é composta por 2.348 espécies válidas, das quais 17 são extintas. Os simulídeos hematófagos, em especial, despertam muito interesse e preocupação, pois suas incômodas picadas afetam especialmente a população ribeirinha, podem desencadear reações alérgicas devido à exposição à saliva e ainda funcionar como hospedeiros de filárias, que são transmitidas para o homem e outros animais.


Os simulídeos do Norte Fluminense são o objeto de estudo de Willian Marinho, aluno de Doutorado no PPG-CIAC. Recentemente, Willian publicou dois artigos de revisão sobre simulídeos, no periódico científico Nature and Conservation.


O artigo intitulado “Simulídeos (Simuliidae: Diptera) como objeto de estudo no Brasil e no mundo” foi desenvolvido durante o mestrado de Willian, também realizado no PPG-CiAC. O artigo explora aspectos biológicos, ecológicos, genéticos e de desenvolvimento dos simulídeos e, para isto, Willian contou com a colaboração de um grupo multidisciplinar de co-autores. Participam do artigo o Orientador, o Dr. Rodrigo Nunes da Fonseca, graduandos, técnicos e professores do Instituto NUPEM/UFRJ e de instituições parceiras do Estado do Rio de Janeiro, como da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO), instituição do co-orientador de Willian, o Dr. Ronaldo Figueiró.


Na transição do Mestrado para o Doutorado, Willian passou a atuar também na formação de jovens pesquisadores. Ele co-orientou Ruann Guimarães, um estudante de Biomedicina da Faculdade Cenecista de Rio das Ostras, que desenvolveu sua iniciação científica no Laboratório Integrado de Ciências Morfofuncionais do Instituto NUPEM/UFRJ. Willian colaborou com Ruann na elaboração do artigo “Predileção de Substratos por espécies hematófagas de Simuliidae (Diptera) da região sudeste do Brasil para controle vetorial”. Nesse estudo de revisão da literatura, foram compiladas as principais espécies de simulídeos da região Sudeste, bem como levantados os principais tipos de substratos de rios e córregos onde esses insetos permanecem aderidos, nas fases de ovo, larva e pupa.


Para Willian, que é Agente de Combate à Endemias da Prefeitura Municipal de Macaé, além de ampliar o conhecimento das espécies e dos fatores regulam o tamanho de suas populações, estudos sobre a distribuição e abundância dos simulídeos auxiliam no desenvolvimento de estratégias ambientalmente mais sustentadas e eficientes para reduzir o efeito negativo desses insetos sobre as populações ribeirinhas.

 

Os artigos mencionados foram redigidos em português e podem ser acessados em:
Simulídeos (Simuliidae: Diptera) como objeto de estudo no Brasil e no mundo
http://sustenere.co/index.php/nature/article/view/CBPC2318-2881.2021.001.0002/2499


Predileção de Substratos por espécies hematófagas de Simuliidae (Diptera) da região sudeste
do Brasil para controle vetorial
http://sustenere.co/index.php/nature/article/view/CBPC2318-2881.2021.001.0001/2498

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