Professores e alunos do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Conservação, do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM/UFRJ) participam do livro Gestão de Bacias Hidrográficas e Sustentabilidade.

Recentemente foi lançado o livro Gestão de Bacias Hidrográficas e Sustentabilidade organizado pelos Professores Arlindo Philippi Jr. (USP) e Maria do Carmo Sobral (UFPE) e a Manole Editora, que conta com a participação de diversos pesquisadores brasileiros e internacionais sobre o tema gestão de bacias hidrográficas. Os professores Mauricio Mussi Molisani, Francisco de Assis Esteves, Ana Cristina Petry, Pablo Rodrigues Gonçalves, Erica Pellegrine Caramaschi, os alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação Larissa Gischewski Guimarães e Roberto Nascimento de Farias, e da aluna do curso de Ciências Biológicas Jana Rangel contribuíram com um capítulo intitulado “Bacia hidrográfica do Rio Macaé (Macaé, RJ) como interface para a proteção da biodiversidade”. Nesse capítulo foi realizado uma compilação de estudos sobre a mudança da cobertura e uso dos solos na bacia do Rio Macaé, dos remanescentes florestais como interface de proteção da mastofauna, do gradiente longitudinal do Rio Macaé como interface da proteção de peixes continentais e costeiros, finalizando com a gestão integrada da bacia hidrográfica e zona costeira na proteção da biodiversidade fluvial, estuarina e marinha. Esse estudo aponta questões importantes como o aumento da Mata Atlântica da bacia do Rio Macaé, resultado da criação de unidades de conservação. Os fragmentos florestais da bacia conservam comunidades ricas em espécies ameaçadas da mastofauna, e que a integridade dos fragmentos é fundamental para a conservação dessas espécies, a despeito de impactos como caça e atropelamentos. Há mais de 130 espécies de peixes na bacia ainda capazes de manter populações viáveis em trechos do rio que experimentam a redução na disponibilidade de micro-hábitats, a perda da conexão com as áreas alagáveis da planície e a introdução de espécies exóticas, cujo impacto local ainda não foi avaliado. O estudo aponta que principalmente a porção final da bacia já apresenta indícios de alterações ambientais e efeitos sobre a biodiversidade, principalmente pelas mudanças nos usos e cobertura dos solos e a emissão de efluentes não tratados. Com conclusão este estudo forneceu subsídios para políticas públicas e gestores visando a proteção da biodiversidade na bacia do rio Macaé, apontando a necessidade de criação e expansão de unidades de conservação na proteção da biodiversidade; o controle da emissão de efluentes de atividades como pecuária, urbanização e navegação; o controle sobre a introdução de espécies exóticas de peixes que já vem modificando a composição da ictiofauna na bacia; medidas e campanhas de sensibilização da população para evitar a caça e o atropelamento da mastofauna nas rodovias, bem como a instalação de passagem de fauna; e a ordenação do uso dos solos, por exemplo, através da implantação do Zoneamento Ecológico e Econômico.

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